quinta-feira, 26 de maio de 2011

Desrespeito

Gostaria de, como professora e principalmente como mãe, demonstrar minha indignação frente à proposta de implementação do Piso Nacional do Magistério apresentada pelo Governo do Estado. Sou professora formada e pós graduada em minha área, efetiva no estado, comprometida com meu trabalho, assim como a grande maioria dos professores que trabalham comigo. São planejamentos, atividades diferenciadas para alunos com dificuldades, frustrações, replanejamentos, correções, pesquisas e livros por todos os lados. Além das constantes cobranças de pais e governos. O peso de “redentor” carregado nas costas e lembrado diariamente na mídia e por todos na comunidade escolar.
É sempre um início de ano letivo difícil, com um grupo reduzido de professores (só os efetivos, que são em sua maioria pós graduados e com uma carreira e experiência nas costas, justamente os que não ganharam aumento) já que os ACT’s vão sendo contratados aos poucos. Isso quando vêm, pois faltam professores!
A questão não é quem merece ou não, mas sim a formação, o tempo de serviço, a justiça que existe no processo de formação, de construção do profissional. Não é o agora, mas o que vai ser quando nossos jovens perceberem que para estar em uma sala de aula não precisa nem de graduação.
Mas, tudo bem! O negócio é entrar numa faculdade, fazer dois semestres de qualquer coisa e dar aula no Estado. Fazer um “bico” como dizem alguns. Sem compromisso, sem conhecimento e sem amor. Ou como farão muitos de meus colegas, mudar de profissão ou então partir para as instituições privadas.
Como mãe acima de tudo, lamento, pois quero para minha filha o melhor, o qualificado, o preocupado com sua aprendizagem, um parceiro. Mas, pelo jeito, para nosso “inusitado” governo, o que vale é a lei do menor esforço. Tudo igual! Vamos acabar com as licenciaturas, com os estágios, as leituras, o estudo noite adentro, as orientações, os TCC’s, os custos de uma formação qualitativa, os sonhos. Afinal, para o governo o ensino médio vale tanto quanto uma especialização.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Greve

Educação de qualidade ! Respeito e valorização !



Que sejam nossos filhos a colherem bons frutos !!!

Refletindo ...

"A nossa contribuição para o mundo não deve depender da época em que se colherão os frutos ou de quem irá comê-los. O importante é plantar e saber que alguém algum dia será beneficiado".


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Epitáfio (Titãs)
Composição: Sérgio Britto

Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração...
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...(2x)
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

terça-feira, 14 de abril de 2009

Mapa Conceitual


Texto Moran

A Educação que Desejamos


Lidiane Reinert Wagner


A educação tem que surpreender, cativar, conquistar os estudantes a todo o momento. A educação precisa encantar, entusiasmar, seduzir, apontar possibilidades e realizar novos conhecimentos e práticas. O conhecimento se constrói a partir de constantes desafios, de atividades significativas, que excitem a curiosidade, a imaginação e a criatividade. (MORAN, 2007, p. 167-169)


Realmente palavras muito bonitas, contundentes e necessárias à educação. Todavia, em muitos aspectos, distantes da realidade educacional. Principalmente quando relacionamos tais palavras, momentos e oportunidades, à crianças sem qualquer estrutura pessoal, familiar ou social.

Como é possível falarmos de uma educação humanista a distância se nem presencialmente ela acontece. Acredito que além da reorganização estrutural e tecnológica, a escola, bem como a sociedade, necessita de passar pela reorganização emocional e atitudinal. Pessoas precisam respeitar-se para então conviverem e trocarem informações e conhecimentos a ponto dos mesmos serem significativos. O homem precisa acreditar no homem novamente, para então acreditar e confiar na máquina e no homem por detrás dela.


Quanto mais tecnologias avançadas, mais a educação precisa de pessoas humanas, evoluídas, competentes, éticas. São muitas informações, visões, novidades. A sociedade torna-se cada vez mais complexa, pluralista e exige pessoas abertas, criativas, inovadoras, confiáveis. (MORAN, 2007, p. 167-169)


Não só a educação, como todo o mundo. As relações precisam ser solidificadas. Os envolvidos precisam estar conscientes de seu papel fundamental.

Como é possível caminhar para mudanças sem dominar, conhecer o caminho. Quando não se sabe para onde ir, qualquer lugar nos basta. Não falo somente dos professores, falo também, e muito, dos governantes que devem buscar investimentos no tecnológico e fundamentalmente no humano. Os valores precisam ser solidificados, para então serem mudados, ou melhor, apenas acrescidos de mudanças.

O mundo precisa da tecnologia, mas acima de tudo, precisa do ser humano capaz de lidar com a tecnologia.



Referências


MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus, 2007, p.167-169. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/desejamos.htm